Introdução
O Todo-poderoso nos conhece, vê os nossos problemas e as nossas
necessidades, e deseja agir na nossa vida. Ele não está inerte diante de nossas aflições e
dilemas. No entanto, é necessário que confessemos, com o nosso coração arrependido, os nossos
pecados e as nossas fragilidades. Você só verá a glória de Deus se disser:
“Eis-me aqui, Senhor”, como fez o profeta Isaías.
1. Deus é o Senhor da vida
Podemos extrair algumas lições práticas das experiências de Isaías.
1.1 — O impedimento à manifestação da glória de Deus precisou ser
removido (Is 6.1)
A visão de Isaías aconteceu logo após a morte de Uzias, um rei ativo que
contraiu lepra por
desobedecer ao Todo-poderoso.
1.2 — A experiência de Isaías com Deus fez diferença (Is 6.5)
O profeta Isaías viu a glória de Deus, e isso
fez toda a diferença em sua vida e em seu ministério. Ele percebeu que ia
morrendo, pois era um homem de lábios impuros.
1.3 — Isaías teve uma experiência pessoal com Deus (Is 6.1)
O profeta disse: Eu vi ao Senhor. Ninguém lhe contou; Isaías vivenciou
o fato. É de extrema importância que o cristão tenha
experiências pessoais com Deus.
Geração afastada do Criador — a falta de experiência pessoal
com Deus fez com que Israel se afastasse do Senhor (Os 6.4,6; conf. Jz 2.7,10).
II. Deus deseja revelar-se
O Senhor quer revelar o Seu caráter, o Seu amor e a Sua
vontade a nós, a fim de que Ele seja tratado como o nosso Deus. Para que isso
aconteça, devemos:
2.1 — Olhar para nós mesmos
Quando Isaías contemplou a glória e a santidade de Deus,
automaticamente percebeu sua condição, e disse: Ai de mim, que vou perecendo!
(Is 6.5a). Saulo também teve de mudar de rumo quando viu o Senhor no caminho
para Damasco (At 9.3-6). E nós também precisamos olhar para nós mesmos
(2Jol.8).
2.2 — Confessar os pecados
As declarações de Isaías (Is 6.5) levam-nos a entender que esse profeta
fez uma auto-analise, constatando que era um homem de lábios impuros. Quando as
transgressões são confessadas, o Pai as joga nas profundezasdo mar (Mq
7.18,19). Devemos confessar as nossas culpas uns aos outros, para que saremos
(Tg 5.16).
III. Discernimento espiritual
O profeta também se deu conta de que habitava no meio de um povo de
impuros lábios (Is 6.5). Sendo assim, entendemos que:
3.1 — As experiências de Isaías foram reais e concretas
Ele viu ao Senhor assentado em um alto e sublime trono (v. 1) e
ouviu os serafins clamando uns para os outros: Santo, Santo, Santo é o Senhor
dos
Exércitos (v. 3). Depois disso ele ainda foi tocado pelo Senhor (v.
6,7).
3.2 — Em Deus há muitos depois
Depois disso, ouvi a voz do Senhor (Is 6.8a). Deus falou ao profeta,
revelando lhe coisas tremendas. Ele tem muito a manifestar e revelar a nós,
inclusive inúmeros planos para a
nossa vida.
IV. Deus fala conosco
Deus falou com Isaías depois de fazer o Seu servo passar por
profundas experiências (Is 6.8). Deus também fala conosco por meio de Sua
Palavra, de fatos, de milagres e de outras pessoas, a fim de
confirmar o que Ele nos disse e alimentar a nossa fé (ver Jo 5.39; 10.25; Hb
2.4; 1 Pe 5.12; 1 Jo 5.7).
Porém:
Cuidado com o perigo das falsas profecias —
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas (Mt 7.15a). Jesus alertou que
surgirão muitos falsos cristos (Mt
24.24), e Pedro disse que houve entre o povo falsos profetas (2 Pe 2.1). João
ensinou-nos a não crer em todo espírito (1 Jo 4.1), e Paulo disse: Não
desprezeis as profecias (1 Ts 5.20 — ver 1 Ts 5.19-22).
Saiba que Deus se manifesta de forma variada — Não podemos
determinar a maneira como o Pai falará conosco, se pela Palavra, pelo Seu
Espírito tocando o nosso espírito, por intermédio de alguém usado em profecia,
por uma revelação em um sonho. A José, filho de Jacó e Raquel, o Senhor
revelou, por meio de sonhos, que ele seria um grande líder (Gn 37.6,7,9). Mas
Deus pode comunicar-se de forma mais sobrenatural, como fez com Moisés (Êx
3.2-4).
Ouça a voz do Senhor — O relacionamento com Deus não
é unilateral; nem a oração é um monólogo, é diálogo. No episódio de Isaías
vemos como Deus conversou com esse profeta de maneira educada, perguntando: A quem enviarei, e quem há de ir por
nós? (Is 6.8a). Deus esperou uma resposta de Isaías para
depois revelar a Sua vontade. Isaías disse: Eis-me aqui. Envia me a
mim Cv. 8h). Só então Deus revelou a Sua vontade: Vai e dize a este povo (Is
6.9a).
V. Deus age considerando o indivíduo
Atentemos para o que Deus disse a Isaías: a quem enviarei e
quem há de ir por nós? Observe que o sujeito parece indeterminado: quem.
Mas Isaías sabia que o Senhor falava com ele, e prontificou-se:
Eis-me aqui. Essa passagem deixa claro que Deus se dirige do coletivo para o
individual. Sendo assim, devemos:
5.1 — Colocar-nos no centro da vontade de Deus
Devemos perguntar a nós mesmos: O que o Senhor deseja da nossa vida? A
que precisamos renunciar? O que é necessário abandonar? Para onde devem os ir?
Às vezes, Deus nos põe no deserto das aflições porque
deseja fazer-nos passar por novas experiências, como fez com Israel, que foi
guiado por uma coluna de fogo e urna coluna de nuvem (Êx 13.20-22).
5.2 — Buscar um encontro com Deus
Confiemos em Deus e lancemos sobre Ele toda a nossa ansiedade, pois Ele
nos fez uma grande promessa de
estar conosco todos os dias (Mt 28.20b). A Palavra de Deus diz que bendito será
o varão que confiar no Senhor (Jr 17.7,8), e que Ele é o Senhor, e fora dele
não há Salvador (Is 43.11-13).
Conclusão
As experiências com o Senhor não ficam no abstrato, refletindo-se no mundo concreto. Isaías contemplou a
glória de Deus, depois de ter reconhecido que era um pecador, e isso gerou
grande mudança em sua vida. Nós também precisamos viver profundas experiências
que nos transformem e nos façam verdadeiros profetas, para a glória de Deus.
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#Muito Bom Gloria a Deus!
Tremendo! Deus falou muito comigo!!
Ótimas pregações!!!! Edificantes! Deus seja louvado!
Muito edificante esse esboço tirei muitas experiências que devemos aprender a cada dia. Deus abençoe.
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