Na Bíblia, o fogo é um símbolo de Deus, do Espírito
Santo, de Sua presença e operação. O fogo no altar indica comunhão com o
Senhor, proteção, revelação e direção, ânimo e alegria, bem como purificação e
transformação de vida. Falemos então sobre esse importante assunto.
O
fogo é:
O desenvolvimento simultâneo de calor, luz e chama. E o
produto da combustão de matérias inflamáveis. Na Bíblia, o fogo é um símbolo de
Deus, que consome (Jl 2.3); simboliza também a Palavra (Jr 23.29) e o Espírito Santo
(At 2.2,3).
I. O
fogo é um símbolo do poder divino
Na Bíblia, há várias referências que associam a presença
de Deus ao fogo. Moisés se deparou com a sarça ardente (Êx 3.2). O Senhor
desceu sobre o monte na forma de fogo (Êx 19.18). O aspecto da glória do Senhor
é como o fogo (Êx 24.17). O nosso Deus é um fogo consumidor (Hb 12.29; Dt
4.24).
Dentre os muitos benefícios produzidos pela presença do
Senhor, destacamos:
1.1
— A poderosa proteção de Deus
Quando os israelitas saíram do Egito, durante toda a sua
caminhada pelo deserto, o Senhor ia adiante deles (Êx 13.21) e dizia: E eu, diz
o SENHOR, serei para ela um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio
dela, a sua glória (Zc 2.5).
1.2
— A alegria incondicional
A presença do Altíssimo traz vida, alegria, prazer (SI
16.11). Constatamos esse tipo de alegria em 2 Crônicas 7.1,3. A alegria do
Senhor é a nossa força (Ne8.10).
1.3
— A purificação da alma
Os rituais de purificação recomendados pela Lei mosaica
(Lv 12—15) nos serviram de preceptores para nos conduzir a Cristo -. Medite também
no Salmo 51.2,7,10,11.
II.
O fogo contínuo no altar
No Antigo Testamento, para que a unção de Deus fosse
derramada na vida de uma pessoa aliançada com Ele, eram necessários sacrifícios
oferecidos sobre um altar. Analisemos mais detidamente esse assunto e vejamos
que, para haver fogo, segundo as leis mosaicas, era preciso:
2.1
— Preparar o altar para o sacrifício
Toda vez que alguém quisesse consagrar-se ou demonstrar
gratidão ao Senhor por alguma bênção recebida, teria de edificar um altar (veja
Gn 8.20;
12.7; 13.4,18; 15; 22.9; 26.25; 33.20; 35.1,3,7; Êx
17.15; 20.4; 24.4; 32.5; Js 8.30).
2.2
— Pôr em ordem o altar
Não basta apenas termos o altar. Temos de mantê-lo limpo.
O sacrifício não pode ser oferecido de maneira negligente (Lv 1.7,10-12). O
altar representa a nossa vida. Devemos fazer tudo com decência e ordem (1 Co
14.40).
III.
Os sacrifícios realizados no altar
Os sacrifícios estão relacionados à nossa devoção ao
Senhor. Sendo assim, vamos fazer uma alusão ao assunto, comparando cada oferta no
Antigo Testamento com o nosso relacionamento com Deus.
3.1
— O holocausto e a nossa entrega total a Deus
Este primeiro sacrifício ofertado (Lv 1.2-9) fala de
nossa entrega total a Deus, de espírito, alma e corpo (leia Rm 12.1).
3.2
— A oferta de manjares e a santificação
Vejamos o significado dos elementos presentes neste
segundo tipo de sacrifício do Antigo Testamento, conforme descrito em Levítico
2.1- 3,11-13:
3.2.1
— O trigo simboliza a Palavra;
3.2.2
— O azeite simboliza a unção do Espírito;
3.2.3
— O fermento simboliza o orgulho;
3.2.4
— O sal é o símbolo da fidelidade a Deus.
Paulo nos exorta a termos uma vida separada para o uso
exclusivo de Deus
(1 Co 6.14-18).
3.3
— As ofertas pacificas, então, significam a gratidão e a comunhão com Deus
Este terceiro sacrifício no Antigo Testamento (Lv
3.1-5,17) era oferecido em gratidão por uma bênção recebida ou como pagamento
de um voto, e indica a renovação de nossa aliança com Deus.
Essa necessidade é constatada tanto no Antigo Testamento
como no Novo:
3.3.1 — Habacuque pediu um avivamento ao Senhor (Hc 3.2)
3.3.2 A renovação é derramada como óleo (Si 133.1-3)
3.3.3 — O Espírito renovou os discípulos no Dia de Pentecostes
(At 2.1-4)
IV.
A melhor oferta depositada sobre o altar
Vejamos alguns detalhes em relação às primícias de nossa
renda (Pv 3.9,10), como por exemplo:
4.1
— A importância dos dízimos e das ofertas
Antes de abençoar o Seu povo, o Senhor o exortou a
contribuir para a Sua casa (Ml 3.7-12). Quem sonega dízimo e ofertas
voluntárias padece necessidades.
4.2
— O amor, a alegria, a generosidade e a voluntariedade na oferta
O doador precisa ser motivado pelo amor a ofertar. Entre
outras promessas bíblicas, encontramos mais esta: bênçãos abundantes a quem dá
com alegria (2 Co 9.7-9).
4.3
—A glória de Deus e a humildade humana
Temos de prostrar-nos diante da tremenda glória de Deus,
como aconteceu com os sacerdotes no templo (2 Cr 7.1-4 — Veja também Isaias
6.5).
Conclusão
Devemos manter o nosso altar limpo e arrumado, doar a
nossa oferta como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, consagrar-nos,
buscar a comunhão com o Senhor e os irmãos em Cristo e manter acesa a chama da
fé pela oração e a leitura da Palavra. Assim, Deus descerá sobre a nossa vida
com poder, acompanhando-nos por onde quer que formos.
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